Fórum Internacional da “Missão Cultural da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” encerrou com sucesso

  • Fontes : Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional
  • 2019/08/13

O Fórum Internacional da “Missão Cultural da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” encerrou no dia 13 de Agosto de 2019, no Hotel Grand Hyatt Macau. O evento de dia e meio contou com a participação de mais de 60 especialistas e académicos provenientes de mais de 10 países e territórios, incluindo Macau, que trocaram impressões e debateram o tema da missão cultural da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, com conteúdos profícuos, num ambiente entusiástico, tendo sido apresentadas várias opiniões e sugestões pertinentes, tornando o Fórum coroado de êxito.

O Reitor da Universidade de Macau, Song Yonghua, o Professor Tenure da Universidade de Ciência Política e Direito da China, Li Deshun, o Professor Emérito da Universidade de Nagasaki do Japão, Geoffrey Charles Gunn, o Professor Catedrático da Universidade Tsinghua, Xiong Chengyu, e o Professor Catedrático da Universidade de Fudan, Ge Jianxiong, proferiram discursos temáticos no Fórum. O Reitor Song Yonghua considerou que todos os avanços culturais estão interligados com as reformas da tecnologia de comunicação, podendo Macau criar uma nova fase da cidade inteligente através da Internet das Coisas e tecnologia digital, e ainda, devendo enfrentar, da melhor forma, os desafios causados pelos avanços tecnológicos da internet. O Professor Li Deshun promoveu a “comunidade de destino comum da humanidade” com coexistência de culturas e o mecanismo de comunicação de forma cooperativa; ao mesmo tempo, referiu que uma das missões culturais da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau consiste numa nova plataforma de multiculturalidade humana e de promoção conjunta da prosperidade. Por sua vez, o Professor Geoffrey Charles Gunn apontou que a construção da Grande Baía carece de atenção à humanidade, à ecologia, à história e ao património cultural. O Professor Xiong Chengyu mencionou que a missão cultural da Grande Baía é um tipo de reconhecimento cultural, servindo a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau como sujeito espacial para promover a herança e inovação civilizacional e cultural no mundo, e ainda, o intercâmbio para a sua integração e a troca de experiências. O Professor Ge Jianxiong, durante a sua intervenção, disse que a civilização chinesa está a aprender ininterruptamente durante a sua abertura, absorvendo a essência de outras civilizações, em prol do seu enriquecimento, alargamento e desenvolvimento; a civilização chinesa possui uma capacidade de inovação e auto-aperfeiçoamento contínuos, e ainda, uma capacidade de mestiçagem e convivência com outras culturas.

Além disso, este evento esteve dividido em três sub-fóruns paralelos. No decorrer do sub-fórum “Destino Humano e Encanto Cultural – História, Literatura e Filosofia”, os académicos debateram o conteúdo, a base cultural e o caminho para a concretização da “comunidade de destino comum da humanidade”. Consideraram que a mestiçagem cultural é o único caminho para a construção da “comunidade de destino comum da humanidade”, tendo Macau desenvolvido um papel importante no intercâmbio das culturas chinesa e ocidental e na influência do ocidente no oriente, cabendo-lhe assim hoje, potenciar a sua vantagem de peculiaridade cultural para prestar apoio à criação de “uma Base” durante a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

No sub-fórum “Tradições Culturais e Progresso Social – Política e Direito”, os académicos trocaram impressões no âmbito das relações entre o iluminismo e progresso, entre a filosofia na Suíça e Tao Te Ching, entre o Direito e a Cultura, bem como, o intercâmbio e conflito civilizacionais, a justiça processual, a importância do Direito na Grande Baía, a lei chinesa, no século 19, aos olhos do ocidente e a questão de Macau no contexto da transposição de leis e da história jurídica global. Defenderam ainda que, uma sociedade diversificada deve ir à procura de harmonia, em vez de confrontos, e valorizar o Direito, mas sem nunca esquecer que este não é omnipotente, assim como, a cultura da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é criada por conflitos e integração de três diferentes bases legais, civilizações e ordens, devendo estas serem ajustadas de forma contínua, e ainda, lançados os respectivos regimes.

Durante o sub-fórum “Civilização Humana e Progresso Científico e Tecnológico – Sociedade, Ciência e Tecnologia”, os académicos discutiram matérias relacionadas com a inovação tecnológica e desenvolvimento ambiental, a cultura de dados, a indústria da medicina chinesa em Macau, a cultura do confucionismo e negócios de família, a coexistência harmoniosa entre o Homem e a natureza ao longo de avanços tecnológicos, a cultura oceânica, entre outras. Afirmaram ainda que, Macau, possuindo a vantagem tradicional de multiculturalidade e desenvolvimento inclusivo, deve aproveitá-la bem para fortalecer as suas características culturais, de modo a aumentar o nível de atractividade e competitividade no processo de integração na Grande Baía. Por outro lado, referiram que se deve prestar atenção ao cultivo e atracção de quadros qualificados, adaptar-se às exigências modernas, ter uma boa divulgação cultural, e ainda, elevar o soft power da cidade.

No jantar de recepção realizado no dia 12, o Director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Mi Jian, proferiu um discurso de boas vindas, realçando que o tema do presente Fórum seria “proposição da nova era, proposição humana, proposição mundial e proposição eterna”; as Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau conferem a Macau uma missão gloriosa de construir uma base de intercâmbio cultural e destacam a imagem de Macau no mundo. O violinista de reputação internacional, Gao Can, e a pianista de Hong Kong igualmente de renome, Cheng Wai, actuaram em conjunto, por outro lado, oito pintores do Interior da China e de Macau criaram conjuntamente e in loco a obra “Vista Panorâmica de Macau”.

No dia 13, teve lugar ao meio dia a cerimónia de encerramento, moderada pela Subdirectora dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Lin Yuan, com observações finais dos três sub-fóruns feitas respectivamente pelo Vice-Presidente da Direcção da Fundação de Desenvolvimento e Estudos da China, Liu Shijin, pelo Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Cornell dos Estados Unidos da América, Yu Xingzhong, e pelo Professor Catedrático do Departamento de Filosofia da Universidade Chinesa de Hong Kong, Wang Qingjie. Em primeiro, Liu Shijin considerou que Macau é uma sociedade aberta, diversificada e tolerante, cuja história e realidade testemunham que não se encontram conflitos entre a abertura e a manutenção das tradições, quanto mais aberta for, maior será o fortalecimento das suas próprias características. Por sua vez, Yu Xingzhong referiu que a intersecção das leis de Guangdong, Hong Kong e Macau é um conteúdo importante da integração das três culturas, devendo respeitar as diferentes formas de raciocínio e nesse pressuposto, criar e desenvolver a “aprendizagem da Grande Baía”. Por último, Wang Xingjie observou que a comunidade comum ideal não advém apenas de uma troca de ideias, mas sim de um modo natural, criando na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau uma “comunidade de destino comum da humanidade” em que se vive e cresce em conjunto.

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