Macau desempenha papel de ponte na promoção da cooperação amigável entre a China e Portugal

  • Fontes : Gabinete de Comunicação Social
  • 2023/04/22

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, salientou que Macau e Portugal têm uma base sólida de cooperação e com grande potencialidade, ao discursar, hoje (21 de Abril), na recepção oferecida pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) em Lisboa. Disse que Macau irá maximizar a sua função como Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, e aproveitar, com Portugal, as oportunidades de desenvolvimento resultantes de «Uma Faixa, Uma Rota», reforçando a cooperação bilateral. Prometeu prestar apoio aos empresários de Macau, de Portugal e do Interior da China na exploração dos mercados, e desempenhar, adequadamente, o papel de ponte na promoção da cooperação amigável entre a China e Portugal, a longo prazo.

A recepção do Governo da RAEM realizou-se ao final da manhã de hoje (hora de Portugal) no Hotel Sheraton, cuja lista de convidados de honra incluiu o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, o ministro de Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, o ministro da Educação de Portugal, João Costa, o embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, a assessora diplomática do Presidente da República Portuguesa, Maria Amélia Maio de Paiva, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, e o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário.

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, disse que a amizade entre a República Popular da China e Portugal tem uma longa história, com uma cooperação frutífera entre os dois países e aprofundadas relações amistosas. Explicou que a iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota», apresentada pelo Presidente Xi Jinping, tem contado com o forte apoio e a participação activa de Portugal, o que contribuiu para tornar a Parceria Estratégica Global entre a China e Portugal ainda mais qualitativa, dinâmica e com uma visão mais ampla, criando assim novas oportunidades de cooperação entre Macau e Portugal.

Ho Iat Seng lembrou as raízes historicamente profundas da relação entre Macau e Portugal e os protocolos de geminação com Lisboa, Porto e Coimbra, assinados antes do estabelecimento da RAEM, cidades com as quais sempre manteve intercâmbios amigáveis. Indicou que, ao longo dos tempos, o Governo da RAEM atribuiu grande importância às relações entre Macau e Portugal, tendo os dirigentes e funcionários de ambas as partes efectuado visitas recíprocas, manteve uma boa relação com o Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e, através do mecanismo de reunião da Comissão Mista Macau-Portugal, as duas partes reuniram-se em seis ocasiões, celebraram vários acordos e promoveram, pragmaticamente, a cooperação em diversos domínios, o que permitiu alcançar resultados frutíferos. Sublinhou que tudo isto constitui o testemunho das profundas relações amistosas entre Macau e Portugal.

O mesmo responsável mencionou que após três anos de pandemia, desde o início deste ano, tem-se verificado um acréscimo acentuado do número de turistas que visitam Macau, situação que contribui para um novo impulso no desenvolvimento de todos os sectores e, consequentemente, para a recuperação gradual da economia. Acrescentou que a comunidade portuguesa, enquanto parte importante da população local, apesar dos momentos difíceis que ocorreram em Macau, tem desempenhado o seu papel com total lealdade e empenho no exercício das mais variadas funções e no âmbito dos diversos sectores sociais, contribuindo para uma rápida recuperação socioeconómica de Macau.

Ho Iat Seng salientou que Macau está a promover, de forma proactiva, a construção de «Uma Faixa, Uma Rota» e da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, a tirar pleno proveito das vantagens de «um Centro, uma Plataforma, uma Base», e a impulsionar gradualmente a estratégia «1+4» para o desenvolvimento adequado e diversificado da economia. Lembrou que, em Setembro de 2021, foi criada a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, com vista a propiciar mais e melhores condições para o desenvolvimento diversificado das indústrias de Macau, e com a entrada nesta nova fase de desenvolvimento, o princípio bem-sucedido de «um país, dois sistemas» em Macau também entrou numa nova era.

No futuro, o Chefe do Executivo espera que os amigos de Macau e de Portugal continuem a reforçar o intercâmbio mútuo e a promover a cooperação bilateral, em prol de um maior desenvolvimento comum e um futuro melhor, e aproveitou esta oportunidade para convidar todos os amigos de Portugal a visitarem Macau em turismo e a procurar novas oportunidades.

Ao discursar, o ministro de Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, salientou que o governo português vai seguir três princípios para desenvolver as relações entre Macau e Portugal, o primeiro é defender firmemente «uma única China», o segundo é apoiar «um país, dois sistemas» e o terceiro é apoiar a Lei Básica de Macau. Disse que esta visita da delegação de Macau a Portugal tem um especial significado, dado que Macau é uma ponte e plataforma de comunicação muito importante entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que incluem Portugal. Disse esperar que esta visita possa criar melhores condições para que os empresários de Macau se juntem aos empresários da China e formem parcerias com empresas portuguesas, no sentido de criar mais oportunidades de negócios.

Disse ainda que o governo de Portugal irá organizar uma delegação de responsáveis e de empresários para visitar Macau e participar na Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e na conferência dos empresários, cuja realização será retomada. Disse esperar aprofundar a relação de cooperação entre a China e Portugal e outros Países de Língua Portuguesa, através da plataforma de Macau, e acredita que o papel e a função de Macau como Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa terão mais destaque.

Estiveram presentes na recepção cerca de 300 convidados, incluindo os membros da delegação do Governo da RAEM, a delegação empresarial de Macau, representantes do governo português, da Assembleia da República e dos órgãos judiciais, da Câmara Municipal de Lisboa, de instituições de ensino, dos órgãos de comunicação de Portugal, da Embaixada da República Popular da China em Portugal, bem como representantes das embaixadas de outros países acreditados em Portugal, das empresas chineses e associações dos chineses ultramarinos em Portugal, e ex-governantes da administração portuguesa e outras personalidades ligadas a Macau, entre outros convidados.
 

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